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Idanha-a-Nova está no centro do investimento de cerca de 50 milhões de euros que o grupo luso-brasileiro Veracruz está a fazer num projeto de amendoal na Beira Baixa.

A apresentação do projeto decorreu esta semana numa visita às plantações de amendoeiras da Veracruz, incluindo a maior propriedade do grupo, a Herdade Vale Serrano em Idanha-a-Nova, com a presença do Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, do presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, e dos empresários da Veracruz, David Carvalho e Filipe Rosa.

O grupo luso-brasileiro está a instalar-se em 2 mil hectares em Idanha-a-Nova e no Fundão e o objetivo é chegar aos 5 mil hectares de amendoeiras e exportar 70% da produção, com recurso às mais sustentáveis tecnologias de agricultura de precisão e economia circular, como a introdução de sondas no solo para monitorização da utilização de água e de fertilizantes.

Na apresentação do projeto, Armindo Jacinto mostrou-se "muito satisfeito por Idanha ter sido um dos territórios escolhidos para este investimento" e sustentou que demonstra que "a ruralidade é a nossa matéria-prima e a nossa estratégia de desenvolvimento, com sustentabilidade ambiental, diferenciação e inovação tecnológica".

O carácter e a dimensão deste investimento em amendoal, um dos maiores projetos agrícolas jamais realizados em toda a região, levou o Estado a atribuir o estatuto de Potencial Interesse Nacional (PIN) – um estatuto que distingue os empreendimentos de impacto relevante no país, que promovem o desenvolvimento económico, social, tecnológico e de sustentabilidade ambiental.

O Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, referiu que "a atribuição ao projeto do estatuto de Interesse Nacional demonstra a forma de estar do Estado perante quem quer fazer coisas que podem transformar territórios do país", uma vez que "encontramos neste investimento pioneiro um compromisso com a terra e uma dimensão social, bem como uma visão sustentável e inteligente da utilização dos recursos naturais, desde o solo à água ".

A gestão da água, em particular, será um aspeto a privilegiar. Depois do autarca Armindo Jacinto ter manifestado disponibilidade para investir e apoiar a reabilitação do regadio da campina de Idanha no âmbito da sua inclusão no futuro Quadro Comunitário de Apoio, o governante Miguel Freitas respondeu positivamente ao repto, afirmando: "Vamos trabalhar em conjunto porque sinto que há aqui um momento novo que obrigará a um investimento para reabilitar este regadio".

Na Herdade Vale Serrano, Filipe Rosa, sócio cofundador da Veracruz, adiantou que "Idanha é a área onde queremos expandir mais o nosso projeto por haver mais terra disponível e água em abundância".

Com efeito, este responsável explica que a escolha da Beira Baixa se ficou a dever, não só ao clima e solos perfeitamente adaptados à cultura, como também “à disponibilidade de terra e de água. E, tão importante, à vontade política demonstrada pelos autarcas em acolherem o nosso projeto. Somos um ‘projeto-âncora’ que visa criar um cluster de produção para valorizar esta região. Vamos criar mais de 150 postos de trabalho diretos e indiretos nos próximos anos e assumimos o compromisso de contratar, sempre que possível, mão-de-obra local”.

Ainda em Idanha-a-Nova, David Carvalho, o outro sócio cofundador da Veracruz, disse que "pelas suas características edafoclimáticas, Portugal tem todo o potencial para se assumir como uma importante referência na cultura de amêndoa" e anunciou planos para a construção e extensão de barragens para garantir as condições de rega necessárias.

Apostando nas mais modernas tecnologias de smart farming, este projeto recorre à utilização de drones e à captação de imagens satélite para verificação do desenvolvimento e saúde das plantas. Além de parcerias científicas e tecnológicas com institutos e universidades locais, a Veracruz pretende apoiar startups de agrotech disponibilizando parte das suas terras como campos de exploração e showroom para estes novos projetos.

 

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