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A aldeia de Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, é invulgarmente fértil em vestígios romanos e pré-históricos.

As suas origens perdem-se no tempo. Sabe-se que foi sede de município e que D. Dinis doou a vila aos Templários, uma herança que permanece viva no seu quotidiano.

O Castelo Templário, no cimo de uma encosta, oferece a vista ideal sobre o profundo recorte do vale do Ponsul, onde este geomonumento preserva inúmeros vestígios do que foi a vida neste lugar há 480 milhões de anos, quando estas cristas quartzíticas eram um imenso mar. Tempos em que a região estava próxima do Pólo Sul e reinavam trilobites e seus predadores, num impressionante mundo de biodiversidade aquático. Hoje é o “berço” do Geopark Naturtejo, o 1º português, da Rede Mundial de Geoparques da UNESCO.

A herança Templária é, igualmente, fonte de desenvolvimento. Na feira medieval, ruelas do “burgo” revivem memórias ancestrais, outrora com presença de Misericórdia.

Em Penha Garcia, o património também é musical, com selo da Rede de Cidades Criativas da UNESCO. Aqui está viva a memória da cantadeira e adufeira Catarina Chitas e do “último” tocador de viola beiroa, Manuel Moreira, inspiração para uma oficina que resgatou o instrumento da extinção.

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