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Perante as ameaças à autonomia e sede da Escola Superior de Gestão (ESGIN) em Idanha-a-Nova, a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova vai desenvolver todos os esforços para impedir o avanço da proposta aprovada pelo Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) para reestruturação organizacional dessa instituição, tal como está desenhada.
Trata-se de uma proposta centralista, numa região do interior que conhece bem os erros do centralismo, que prevê que a ESGIN perca a sua sede para Castelo Branco, a deslocação de alguns cursos de Idanha-a-Nova para Castelo Branco e a perda da Autonomia Administrativa, Científica e Pedagógica.
“Os idanhenses, os amigos de Idanha, os estudantes e antigos estudantes da ESGIN, vão continuar a demonstrar a sua incredulidade e indignação face a uma decisão do Concelho Geral do IPCB que não tem qualquer justificação económica e financeira”, refere Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova.
Com efeito, muitos foram os estudantes, autarcas e populares que se manifestaram à porta de sede do IPCB, em Castelo Branco, na segunda-feira, 2 de dezembro, para protestar contra a aprovação de uma reestruturação do IPCB que coloca em causa a continuidade da ESGIN, com toda a sua autonomia, criada pelo Decreto-Lei 153/97.
Armindo Jacinto sublinha que “desde a criação do ensino superior em Idanha-a-Nova, os sucessivos governos quiseram, de uma forma estratégica e política, que existisse uma escola com autotomia administrativa, científica e pedagógica em Idanha-a-Nova. Hoje, a ESGIN é um bom exemplo no interior de Portugal, com diplomados a trabalhar no mundo inteiro e que este ano conseguiu um crescimento de 20%, no número de novos alunos matriculados, dos quais se destacam 104 internacionais”.
Para o autarca “não se entende que num tempo em que o Governo tem tanta sensibilidade para desenvolver projetos no interior – e territórios de baixa densidade – seja o IPCB, que foi criado com o objetivo de trazer desenvolvimento a um território do interior, quem defenda uma política de centralismo”.
“O Conselho Geral do IPCB pode propor a extinção ou criação de novas escolas, mas quem define a estratégia política neste país são os governos. Foi o governo que criou a ESGIN, pelo então primeiro-ministro António Guterres, que quis a ESGIN com sede em Idanha e autonomia administrativa, científica e pedagógica. Por isso, só o Governo pode revogar esta medida e é com o Governo que queremos falar”, sustenta Armindo Jacinto.
A indignação perante a possibilidade de encerramento da ESGIN é quase unânime. Muito recentemente, as comemorações do 28º aniversário da ESGIN juntaram uma moldura humana sem precedentes: mais de 1100 pessoas uniram-se no jantar comemorativo para mostrar que a ESGIN é decisiva para o desenvolvimento sustentado de Idanha-a-Nova.
Na sua intervenção, a diretora da ESGIN, Sara Brito Filipe, apresentou os números muito positivos da instituição: “Tem aumentado o reconhecimento e a notoriedade da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, traduzidos, por exemplo, na capacidade de atração de alunos. Atualmente estão matriculados na ESGIN perto de 600 estudantes, um acréscimo de 20% em relação ao ano anterior. No presente ano letivo entraram 252 novos estudantes (…) dos quais apenas 25% são naturais do distrito de Castelo Branco, o que significa que conseguimos atrair alunos de todo o país e ainda estudantes de outras nacionalidades, como Angola, Brasil, Cabo Verde, Colômbia, França, Guiné-Bissau, Irão e São Tomé e Príncipe”.
Por seu lado, Armindo Jacinto lembrou que a Câmara de Idanha-a-Nova tem estado sempre disponível para continuar a apoiar o IPCB a manter a sede da ESGIN na vila, com autonomia administrativa, científica e pedagógica e com custos sustentáveis.
Muito concretamente, foram elencados os investimentos da Câmara de Idanha-a-Nova no apoio ao funcionamento da ESGIN, que totalizaram cerca de 2,5 milhões de euros nos últimos 6 anos (despesas correntes e de investimento) e perspetivam um investimento de cerca de mais 3 milhões de euros, a partir de 2020.
“Hoje, como quando o ensino superior chegou a Idanha-a-Nova, a Câmara Municipal continua a colaborar e a ser mecenas da ESGIN, em parceria com o IPCB, apoiando na manutenção das instalações, no pagamento de despesas correntes (Água, luz, entre outros), especialistas professores, no pagamento de 50% das propinas a todos os alunos, na disponibilização de transportes regulares semanais, para os estudantes entre Castelo Branco-Idanha-a-Nova, no pagamento de serviços de segurança, na manutenção dos edifícios atribuídos à ESGIN, na construção e disponibilização de infraestruturas como o Monsanto Geo-Hotel Escola, o Restaurante Pedagógico da Sra. Da Graça, o Pavilhão da Feira Raiana”, entre outros, afirmou Armindo Jacinto.
O autarca adianta que “também está projetado, no decurso do próximo ano, a reabilitação urbana de 200 camas para estudantes em Idanha-a-Nova no âmbito de protocolo celebrado com a Fundiestamo; a aquisição de 70 computadores para renovar o parque informático da ESGIN; a reabilitação do edifício da ESGIN, projeto integrado no pacto da CIMBB para a eficiência energética, candidatura já apresentada ao Centro 2020; a instalação de novas cozinhas, associadas ao CoLAB Idanha Food Lab, para apoio a novos cursos nas áreas da Gestão Hoteleira, inovadores e diferenciadores”.

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