Mais do que uma estreia auspiciosa, o concerto inaugural da recém-criada Orquestra Sem Fronteiras (OSF) confirmou o enorme valor deste novo projeto musical, que lotou o auditório do Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova, no dia 22 de março.
Apresentaram-se em palco 42 jovens músicos provenientes de oito escolas de Portugal e Espanha, dirigidos pelo maestro Martim Sousa Tavares, e com André Gaio Pereira como concertino convidado.
A OSF demonstrou o seu potencial enquanto projeto inovador que visa proporcionar oportunidades a jovens músicos que pretendam fixar-se em territórios do interior e de fronteira, escolhendo para sede Idanha-a-Nova, Cidade da Música da UNESCO, a única detentora deste selo internacional localizada num território rural.
No concerto de apresentação da Orquestra Sem Fronteiras, Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, declarou que “fazia todo o sentido lançar este projeto a partir de Idanha, o município português com maior área de fronteira com Espanha e que é Cidade Criativa da UNESCO, na área da Música, devido à forte dinâmica cultural do território e a sua intimidade sem paralelo com a música”.
Num espetáculo de grande brilhantismo, a OSF levou ao palco do Centro Cultural Raiano a 4ª Sinfonia de Beethoven, para aclamação generalizada da plateia que teve representação oficial do Governo de Portugal, nas pessoas do Secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino, e de Rita Jerónimo, representante do Ministério da Cultura.
“É com muito orgulho que nos associamos a este projeto que consideramos ser um excelente exemplo daquilo que pode ser desenvolvido no interior de Portugal, e que contribuirá para trazer mais talento e maior dinamismo para estes territórios que tanto valor possuem”, referiu João Paulo Catarino.
A programação da OSF prossegue com outros concertos, em Portugal e Espanha, e tem previstas iniciativas educativas e de formação de públicos, entre as quais ações pedagógicas junto de escolas.